sábado, 28 de março de 2015

A melhor parte da minha estante

Olá gente! Faz pouco tempo virei o Estante Virtual do avesso para conseguir encontrar duas edições brasileiras de Jane Eyre e O Morro dos Ventos Uivantes que eu considero primorosas.  A primeira é a edição da editora Paz e Terra, e na capa temos Charlotte Gainsbourg e William Hurt. Já possuía o meu exemplar de Jane Eyre da Bestbolso, mas essa é minha capa do coração. Não sei porque, mas é quase mágico a sensação que tenho de olhar pra ela! A versão de 1996 não é minha favorita, mas essa capa é. Deve ser porque a primeira vez que li o livro foi por essa edição, emprestada da biblioteca da escola. Enfim, encontrei preços absurdos, de 120,00, 160,00 e até 300,00, o que me desanimou no começo. Por sorte encontrei o livro por 20,00 (sebos são demais!). Pensei que, por ser um livro antigo e usado, estaria um pouco desgastado. Qual não foi minha surpresa quando ele chegou novíssimo! Fiquei muito feliz, amo essa tradução.





O Morro dos Ventos Uivantes também foi outra grata surpresa. A edição da editora Landy é raríssima de se encontrar, e é um primor! Há muitas informações sobre o contexto histórico, resenhas, ordem cronológica, e além de na minha opinião, ter a capa mais bela de todas as edições brasileiras. Trata-se da pintura Viajante sobre o mar de névoa de Caspar David. Paguei 25,00 e não poderia estar mais satisfeita.



Bom gente, é isso. E aí, qual é a edição preferida de vocês?


quarta-feira, 4 de março de 2015

The Autobiography of Jane Eyre

Quando procurava algum vídeo de Jane Eyre no Youtube às vezes me deparava com "The Autobiography of Jane Eyre", mas tirando umas duas vezes em que cliquei, não me interessei muito. Eis que encontro vários episódios legendados e fui dar uma conferida. E não é que achei interessante? Não sou muito fã deste tipo de formato, mas achei muito legal a ideia. Vou deixar alguns vídeos para vocês. 




"A Inquilina de Wildfell Hall" Editora Pedrazul

Já estava ciente de que a Editora Pedrazul lançaria A Inquilina neste ano, mas não imaginava que a capa seria tão bela! Minha experiência com "Villette" foi maravilhosa e com certeza vou garantir meu exemplar (e que exemplar!) da história de Anne! Adoro o carinho com que a editora prepara as edições, é um deleite para as fãs das Brontë. Vejam que bela capa, o lançamento é dia 1º de Maio.


Sinopse
Gilbert Markham, um jovem cavalheiro agricultor, fica imediatamente interessado quando uma estranha inquilina se muda para Wildfell Hall. Mrs. Graham é jovem e bonita e sua demanda por reclusão desperta grande curiosidade entre a nobreza local. Em sua primeira visita a Wildfell Hall, Gilbert descobre que Helen é uma pintora de grande capacidade e desconfia que ela está escondendo seu paradeiro de alguém. Seu ar de segredo desperta sua curiosidade e sua simpatia. Evitando as atenções de Eliza Millward, filha do Vigário-geral, para a qual ele até então mostrou uma preferência, Mr. Markham gasta muito do seu tempo na companhia da jovem viúva. Seus amigos, contudo, tentam desencorajar suas atenções, pois há rumores de que ela está tendo um caso com Frederick Lawrence, seu senhorio. Depois que o vigário, Mr. Millward, acusa a viúva de conduta imprópria, Gilbert a visita, e ganha uma promessa de que ela irá revelar seu segredo. Mais tarde naquela noite, no entanto, ele ouve Mrs. Graham em uma discussão misteriosa com seu senhorio que o leva a suspeitar que os rumores sobre eles são verdadeiros. Um romance epistolar, cujo diário conta a história de Helen Graham nos últimos seis anos a partir de 1821.


domingo, 1 de março de 2015

"Villette" Charlotte Brontë

Enfim, após alguns meses guardando uns trocadinhos, consegui adquirir o belo exemplar de "Villette" pela Editora Pedrazul. Logo após terminar de ler "Jane Eyre" e me apaixonar pela escrita de Charlotte fui atrás de outros livros da autora, porém na época "Villette", que é considerado por muitos a obra-prima de Charlotte ainda não havia sido publicado aqui, nem pela editora Pedrazul nem nunca por outra. "Shirley", se não me engano, só possui uma edição brasileira, datada de muito tempo atrás e não consegui encontrar, e "O Professor", que foi publicado aqui no Brasil com maior cuidado, também não. Qual não foi minha decepção! E qual não foi minha alegria quando vi que "Shirley" e "Villette" foram lançados com tanto capricho pela editora Pedrazul. Gostaria muito que "O Professor" e "Jane Eyre" também ganhassem edições tão belas! Comecei a ler "Villette" ontem e não consigo mais largar, como aconteceu com "Jane Eyre". Daqui a poucos dias vou resenhar o livro. Beijos.


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Jane Eyre Editora Pongetti 1958

Fui dar uma volta na biblioteca da faculdade e em "Literatura Inglesa" me deparei com esta versão de Jane Eyre da Editora Pongetti. A tradução é bem antiga, mas como gosto de livros com cara de "antigões" estou amando ler este exemplar (na verdade eu gosto de Jane em qualquer exemplar). Se não me engano é uma das mais antigas traduções que tivemos aqui no Brasil. Vou aproveitar a leitura do meu livro preferido pela...bom, nem sei quantas vezes já o li.




Estou devendo a resenha da adaptação de Jane Eyre 1997, mas já vou providenciar. Beijos e boas leituras!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Resenha: A Inquilina de Wildfell Hall (1996)

O cuidado especial que a BBC tem em relação ao clássicos é um deleite para os fãs e isso se comprova com a beleza da série "The Tenant of Wildfell Hall" inspirada na novela homônima de Anne Brontë. Como sempre, os cenários e figurinos são impecáveis, e pelo formato em minissérie há uma fidelidade digna da obra original. Tara Fitzgerald, Toby Stephens e Rupert Graves ocupam os papéis principais.

Toby e Tara

A história já começa com Helen fugindo e a primeira parte da série foca em sua estadia em Wildfell Hall. Há o começo do romance entre Gilbert e Helen e a reprovação dos moradores locais, que não concordavam com o modo de vida da personagem. Tara está brilhante no papel e mostra-se fria e recatada. Há alguns flashbacks que dão a entender alguns aspectos da educação que Helen dá a seu filho, o que achei muito interessante e o garotinho que interpreta o pequeno Arthur é uma graça. Destaque para os cenários dessa parte, que são maravilhosos. 
Acredito que essa parte do romance seja ponto chave para o caráter e a força de Helen. Sua iniciativa de fugir do marido lascivo para uma mulher daquela época é no mínimo surpreendente. 


Já na segunda parte da série começamos a tomar conhecimento dos antecedentes que levaram Helen à Wildfell Hall. A série manteve mais ou menos a linha cronológica do livro, já que ele começa com o ponto de vista de Gilbert e a estadia de Helen e depois ficamos sabendo de seu casamento frustado com Arthur. Vejo Helen como uma mulher madura para a idade que se casa por amor e mesmo sabendo da reputação duvidosa do noivo, acredita que possa mudá-lo. Há um teor sensual que não está tão presente no livro (vide quando foi lançado) que envolve algumas cenas. O marido lascivo e viciado em ácool da personagem foi muito bem interpretado por Rupert, um homem detestável em vários aspectos mas sedutor. Gostei muito dessa parte pois deixa claro o que muitas mulheres dos séculos passados tiveram que suportar por conta de um mau casamento, e como vivam à sombra dos maridos, eram condenadas a uma vida horrível por conta de dogmas religiosos e sociais. Por isso gosto tanto da personagem de Anne Brontë, pois ela vai contra as convenções, e por conta de seu filho que sofria uma terrível influência do pai, decide partir. No livro há um grande teor religioso, o que não acontece na série.


Toby Stephens está muito bem na pele de Mr. Markham, assim como seu Rochester é o meu preferido. Acredito que o ator amadureceu em sua atuação (afinal são 10 anos de diferença), mas ele está primoroso como o apaixonado Gilbert.


Como já deixei claro em outros posts, sempre me atento a trilha sonora da produção, e essa adaptação não deixa a desejar: o tema principal é maravilhoso. 

                                                   

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Resenha: Jane Eyre (2011)

A versão de 2011 é a mais recente versão cinematográfica de "Jane Eyre", e conta com Michael Fassbender e Mia Wasikowska nos papéis principais.

Mia e Michael - uma das cenas mais bonitas do filme

A versão mais antiga de "Jane Eyre" que assisti foi a de 1934, e de lá pra cá, quanta diferença! Alta qualidade é o que há. A fotografia do filme é belíssima, os cenários impecáveis e o diretor usou muito os ambientes à luz de velas, o que deu aquele ar meio gótico, misterioso que a história pede.
A idade dos atores segue mais ou menos a linha do livro, o que é uma ponto positivo.já que Jane era muito jovem quando foi para Thornfield Hall e essa peculiaridade não pode ser descartada (vide Jane Eyre 1970).
Mia nos entrega uma Jane extremamente quieta. Isso me causou certa estranheza, mas analisando bem, acredito que sua atuação foi primorosa. Creio que a estranheza inicial se deve ao fato de que quando lemos o livro, temos contato com todos os sentimentos, pensamentos e ações da personagem, o que pode dar a impressão que ela fala sempre. Só pela expressão facial ela consegue transpor os conflitos internos de Jane, o que é muito interessante. Sua atuação diverge de outras que já assisti, como Ruth Wilson e Zelah Clarke (havia momentos em que a Jane de Zelah tinha uma explosão de sentimentos, outros em que era recatada).

Adoro as expressões faciais e o olhar profundo da personagem

Edward Rochester é um dos meus personagens literários preferidos então sempre me atento a atuação do ator e também há a questão física, que para mim é importante: Rochester possui cabelos negros, sobrancelhas espessas e é feio. Michael não é, nem de longe, um homem feio. Tanto que em uma das cenas do filme, quando Jane diz à ele que não o acha bonito, soa cômico (aliás Mia é belíssima, uma boneca - mas ela compensa isso). Michael fez um Rochester peculiar, e gostei muito de sua atuação. Mesmo sendo muito bonito para o papel, ele compensou isso com uma rudeza especial. As primeiras conversações entre Jane e ele foram muito belas (o cenário à luz de velas foi encantador), e ele deixa claro alguns aspectos da personalidade de Rochester. Como o formato cinematográfico possui menos tempo, o personagem não foi cem por cento trabalhado, mas no limite do filme a interpretação foi muito boa.
Muito feio

Há algumas omissões que eu não aprovei, como a origem de Adéle, que foi ignorada e é uma parte importante pois é por ela que Jane vai à Thornfield. De resto, algumas passagens são bem rápidas e Grace Poole não é presença constante, o que pode ocasionar uma má interpretação do conflito que envolve Bertha ao público que não leu o livro.
Minha cena preferida, a do casamento, foi um dos ápices do filme: um cenário lindo e aqueles sentimentos à flor da pele que os fãs já estão acostumados. É sempre muito interessante comparar essa cena nos filmes, já que cada atriz apresenta uma reação diferente: Zelah me pareceu muito calma (?), Charlotte fria, Ruth muito emocionada (foi minha cena preferida) e Mia um pouco indignada e incrédula no começo (adorei!). A atuação do ator que interpreta Rochester também é muito importante (gente essa cena é incrível!) e Michael fez bem seu papel.
O ponto alto da atuação de Mia foi após o pedido de casamento, em cenas belíssimas em que ela soube demonstrar muito bem alguns momentos de insegurança de Jane.




Após o casamento frustado, há a cena que também aguardo muito e que se não descartada, é muito mal explorada, quando Jane decide partir: foi a melhor até agora, incrível, incrível.


O filme é um flashback então já começa quando Jane fugiu e suas lembranças retornam. A infância da personagem é bem rápida mas digna, a atriz que interpretou Jane quando pequena é muito boa (Amelia Clarkson), e Helens Burns também foi bem interpretada. Destaque para St. John Rivers, Jamie Bell está incrível e mantém aquela personalidade fria do personagem.


Essa versão foi a primeira que assisti logo após terminar de ler o livro, então tenho um carinho por ela.