sábado, 14 de fevereiro de 2015

Jane Eyre Editora Pongetti 1958

Fui dar uma volta na biblioteca da faculdade e em "Literatura Inglesa" me deparei com esta versão de Jane Eyre da Editora Pongetti. A tradução é bem antiga, mas como gosto de livros com cara de "antigões" estou amando ler este exemplar (na verdade eu gosto de Jane em qualquer exemplar). Se não me engano é uma das mais antigas traduções que tivemos aqui no Brasil. Vou aproveitar a leitura do meu livro preferido pela...bom, nem sei quantas vezes já o li.




Estou devendo a resenha da adaptação de Jane Eyre 1997, mas já vou providenciar. Beijos e boas leituras!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Resenha: A Inquilina de Wildfell Hall (1996)

O cuidado especial que a BBC tem em relação ao clássicos é um deleite para os fãs e isso se comprova com a beleza da série "The Tenant of Wildfell Hall" inspirada na novela homônima de Anne Brontë. Como sempre, os cenários e figurinos são impecáveis, e pelo formato em minissérie há uma fidelidade digna da obra original. Tara Fitzgerald, Toby Stephens e Rupert Graves ocupam os papéis principais.

Toby e Tara

A história já começa com Helen fugindo e a primeira parte da série foca em sua estadia em Wildfell Hall. Há o começo do romance entre Gilbert e Helen e a reprovação dos moradores locais, que não concordavam com o modo de vida da personagem. Tara está brilhante no papel e mostra-se fria e recatada. Há alguns flashbacks que dão a entender alguns aspectos da educação que Helen dá a seu filho, o que achei muito interessante e o garotinho que interpreta o pequeno Arthur é uma graça. Destaque para os cenários dessa parte, que são maravilhosos. 
Acredito que essa parte do romance seja ponto chave para o caráter e a força de Helen. Sua iniciativa de fugir do marido lascivo para uma mulher daquela época é no mínimo surpreendente. 


Já na segunda parte da série começamos a tomar conhecimento dos antecedentes que levaram Helen à Wildfell Hall. A série manteve mais ou menos a linha cronológica do livro, já que ele começa com o ponto de vista de Gilbert e a estadia de Helen e depois ficamos sabendo de seu casamento frustado com Arthur. Vejo Helen como uma mulher madura para a idade que se casa por amor e mesmo sabendo da reputação duvidosa do noivo, acredita que possa mudá-lo. Há um teor sensual que não está tão presente no livro (vide quando foi lançado) que envolve algumas cenas. O marido lascivo e viciado em ácool da personagem foi muito bem interpretado por Rupert, um homem detestável em vários aspectos mas sedutor. Gostei muito dessa parte pois deixa claro o que muitas mulheres dos séculos passados tiveram que suportar por conta de um mau casamento, e como vivam à sombra dos maridos, eram condenadas a uma vida horrível por conta de dogmas religiosos e sociais. Por isso gosto tanto da personagem de Anne Brontë, pois ela vai contra as convenções, e por conta de seu filho que sofria uma terrível influência do pai, decide partir. No livro há um grande teor religioso, o que não acontece na série.


Toby Stephens está muito bem na pele de Mr. Markham, assim como seu Rochester é o meu preferido. Acredito que o ator amadureceu em sua atuação (afinal são 10 anos de diferença), mas ele está primoroso como o apaixonado Gilbert.


Como já deixei claro em outros posts, sempre me atento a trilha sonora da produção, e essa adaptação não deixa a desejar: o tema principal é maravilhoso.